Entre 1500 e 1530, os portugueses não se interessaram pelo Brasil, pois as especiarias das Índias e a África davam lucros. Quando começaram a perceber que essas atividades, esses produtos, já não estavam dando mais os lucros esperados aí sim resolveram colonizar o Brasil. Quando não havia esse interesse, os portugueses mandavam pequenas esquadras para a exploração do pau-brasil e para conhecer o litoral.
Para
proteger a colônia de piratas e invasores, o rei de Portugal, que, na época,
era D. João III, decidiu povoar o Brasil. Começou, em 1530, enviando uma
expedição comandada por Martim Afonso de Souza para fundar núcleos de
povoamento e iniciar a produção de cana-de-açúcar. O Brasil começava a ser
colonizado. A primeira vila do Brasil foi a Vila de São Vicente, fundada em
1532. As vilas tinham igreja, cadeia, sede administrativa, praça e pelourinho.
Alguns
conceitos são importantes aqui:
Pelourinho:
era uma coluna de pedra, colocada num lugar público, na qual escravos e
criminosos eram castigados.
Sesmarias:
eram lotes de terras dadas aos colonos.
A
expedição de Martim Afonso não foi suficiente e, por isso, foi criado o sistema
de Capitanias Hereditárias, que foi a divisão do Brasil em 15 lotes de terra
que eram dadas aos donatários. Nessas terras, podiam fundar povoações, doar
sesmarias, entre outras coisas. Eram chamadas de capitanias hereditárias, pois
era passado de geração em geração, por herança.
Somente
duas capitanias prosperaram: a de Pernambuco e a de São Vicente. As demais
fracassaram por vários motivos. Alguns deles são: pouco investimento, distância
da metrópole, ataques dos indígenas.
Vale
lembrar que não foi Pedro Álvares Cabral que descobriu o Brasil. Quando
chegaram aqui, os indígenas já estavam aqui. Na verdade, houve invasão das
terras indígenas. A data de 22 de abril de 1500, na verdade foi a chegada dos
portugueses nas terras conhecidas como Novo Mundo.
Devido
o fracasso das capitanias, foi criado o Governo Geral. Houveram três governadores
gerais. O primeiro foi Tomé de Souza (fundou Salvador).
O
objetivo do governo geral era catequizar os indígenas, incentivar a produção
agrícola, cobrar impostos, achar pedras preciosas, etc.
Para
catequizar os indígenas, os portugueses trouxeram os jesuítas. Entre eles,
Manuel de Nóbrega e José de Anchieta. Os que se “convertiam” iam para as
missões, onde aprendiam o cristianismo, além de aprender a ler, a escrever e a
contar.
Comentando
mais sobre os povos indígenas, eles impediam a ação dos missionários e tentavam
impedir os colonizadores de ocupar seus territórios. Claro! Com isso, eles
estavam preservando sua cultura, seus costumes. Para isso, praticavam violência
com os colonos. Os colonizadores chegaram a fazer mão-de-obra escrava de
indígenas. Com o passar do tempo, aconteceu a Confederação dos Tamoios,
resistência indígena contra os colonizadores, que reuniu várias tribos do
litoral.
Atualmente, somente 10% do Brasil são ocupados por indígenas. A maior parte deles estão na Amazônia. Infelizmente, sua cultura ainda hoje não é valorizada. São estereotipados e muita gente acha que não servem para trabalhar. Os indígenas tem uma rica cultura! Possuem danças, músicas, artesanatos, conhecimentos de ervas que podem ajudar a curar doenças. Ainda hoje, pessoas ricas, grandes empresários, tentam roubar e ocupar terras pertencentes aos indígenas. Os indígenas continuam sofrendo e sendo deixados de lado. Isso há mais de 500 anos!
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