A revolução técnica aumentou a produção desse período. O excedente da produção era vendido pelo senhor e pelos servos no mercado local. Muitas pessoas passaram a viver do comércio e do artesanato. A moeda voltou a ter importância e nos pontos de cruzamento das rotas comerciais começavam surgir as feiras que eram mercados temporários. Os senhores feudais incentivavam os mercados em suas terras como forma de obter impostos.
O sistema feudal entra em crise no século XIII com o crescimento das cidades. O comércio no Mediterrâneo não havia desaparecido no período das invasões na Europa. A partir do século XI, a rota do Mediterrâneo começou a ser conquistada pelas cidades italiana de Gênova e Veneza. Com o ressurgimento das cidades surgem outras novas cidades. Onde os comerciantes costumavam se estabelecer em locais protegidos foram se formando novos povoados chamados burgos (fortalezas). Nasce daí a nova classe social, que se favorecia do comércio: a burguesia.
A partir do século XIII, a maior parte da população rural estava sem trabalho no campo sendo forçada a ir para a cidade onde vivia em péssimas condições de higiene, o que ocasionou doenças e epidemias proveniente do Oriente: a peste bubônica, que ficou conhecida como peste negra, doença transmitida por pulgas de rato e que dizimou um quarto da população europeia.
Os artesãos passam a se organizar nas chamadas Corporações de Ofício. A produção era feita em pequenas oficinas que pertenciam ao mestre de ofício, donos dos instrumentos de trabalho e da matéria-prima. O companheiro ou jornaleiro era capacitado para exercer o ofício, trabalhando como empregado e ganhando por jornada. O aprendiz estava aprendendo o ofício e sua educação era de responsabilidade do mestre.
A corporação controlava a quantidade, a qualidade e o preço do produto. O lucro não era permitido. A partir do século XIII, formou-se a elite composta por grandes artesãos e comerciantes. O pequeno artesão perdeu sua autonomia, mas ainda possuía seus instrumentos de trabalho.
Um outro fator que marcou a crise do sistema feudal foi a revolta dos servos contra seus senhores porque os donos do poder econômico e político desse período passou a exigir dos servos o pagamento das obrigações em espécie. Essas revoltas contribuíram para o enfraquecimento da nobreza e para a centralização do poder real.